A BÚSSOLA
A bússola, mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Ela teve sua origem na China do século IV a.C. Sua adaptação e reconhecimento no Ocidente aconteceu cerca de 1.500 anos depois. A primeira referência deste instrumento na Europa aparece em um documento de 1190, chamado "De Naturis Rerum". As primeiras bússolas chinesas não utilizavam agulhas. Eram compostas por um prato quadrangular representando a Terra. O "indicador" (objecto que indica a direcção), com forma de concha, era de pedra com ímanes e a base (prato), de bronze. Um círculo no centro do prato representava o céu e a base quadrada, a terra.
Foi Flávio Gioia que em 1302 alterou a bússola para ser usada a bordo, usando a agulha sobre um cartão com o desenho de uma rosa-dos-ventos. Os rumos ou as direcções dos ventos têm origem na antiguidade. Na Grécia começaram com dois, quatro, oito e doze rumos. No início do século XVI surgem já 16 e na época do Infante D. Henrique já se usavam rosas-dos-ventos com 32 rumos. Primeiramente o rumo era associado à direcção dos ventos e só mais tarde aos pontos cardeais. Em certas rosas-dos-ventos, no local que indicava o Leste, aparecia desenhada uma cruz que mostrava a direcção da Terra Santa. A declinação de uma agulha é a diferença que uma bússola marca entre o norte geográfico e o norte magnético.
O cabo da concha indicava o sul. A concha é uma representação simbólica da Ursa Maior. A base continha caracteres chineses que assinalavam os oito pontos principais: norte, sul, leste, oeste, nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste. A introdução da agulha aumentou a precisão da leitura. Foi nessa época que os chineses introduziram os primeiros marcadores e indicadores, elementos fundamentais da ciência moderna. A Lo Pan é um instrumento complexo, desenvolvido através dos séculos, pelos chineses, para que os praticantes pudessem fazer precisos cálculos de tempo e espaço em sua ciência. O cálculo da direcção pode ser efectuado com uma Lo Pan ou com uma bússola normal. Não existe diferença. A Lo Pan apenas nos indica um cálculo mais preciso, e algumas facilidades em relação às direcções e as características do local.
Ao longo do tempo veio a verificar-se que a declinação variava com o tempo e o lugar. Também foi D. João de Castro o primeiro a descobrir o desvio de uma agulha, ou seja, o efeito que massas de ferro próximas tem sobre uma bússola. Este efeito obrigou a cuidados com o posicionamento da bússola perto de peças da artilharia, âncoras e outros ferros. Esta foi uma das razões para que os morteiros, as caixas que protegem as bússolas, fossem, no início, de madeira. Durante o século XVI as bússolas portuguesas tinham, pelo menos desde 1537, um sistema de balança para manter o morteiro horizontal. O morteiro era colocado numa coluna de madeira, mais tarde de metal, a bitácula*, à frente da roda do leme. A bitácula* contêm um sistema chamado cardan que permite que o morteiro se mantenha na horizontal apesar das oscilações do barco.
*Armário ou caixa, com cobertura de vidro, para encerrar a bússola.
Bibliografia: http://www.museutec.org.br/previewmuseologico/a_bussola.htm
Trabalho realizado por:
Foi Flávio Gioia que em 1302 alterou a bússola para ser usada a bordo, usando a agulha sobre um cartão com o desenho de uma rosa-dos-ventos. Os rumos ou as direcções dos ventos têm origem na antiguidade. Na Grécia começaram com dois, quatro, oito e doze rumos. No início do século XVI surgem já 16 e na época do Infante D. Henrique já se usavam rosas-dos-ventos com 32 rumos. Primeiramente o rumo era associado à direcção dos ventos e só mais tarde aos pontos cardeais. Em certas rosas-dos-ventos, no local que indicava o Leste, aparecia desenhada uma cruz que mostrava a direcção da Terra Santa. A declinação de uma agulha é a diferença que uma bússola marca entre o norte geográfico e o norte magnético.
O cabo da concha indicava o sul. A concha é uma representação simbólica da Ursa Maior. A base continha caracteres chineses que assinalavam os oito pontos principais: norte, sul, leste, oeste, nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste. A introdução da agulha aumentou a precisão da leitura. Foi nessa época que os chineses introduziram os primeiros marcadores e indicadores, elementos fundamentais da ciência moderna. A Lo Pan é um instrumento complexo, desenvolvido através dos séculos, pelos chineses, para que os praticantes pudessem fazer precisos cálculos de tempo e espaço em sua ciência. O cálculo da direcção pode ser efectuado com uma Lo Pan ou com uma bússola normal. Não existe diferença. A Lo Pan apenas nos indica um cálculo mais preciso, e algumas facilidades em relação às direcções e as características do local.
Ao longo do tempo veio a verificar-se que a declinação variava com o tempo e o lugar. Também foi D. João de Castro o primeiro a descobrir o desvio de uma agulha, ou seja, o efeito que massas de ferro próximas tem sobre uma bússola. Este efeito obrigou a cuidados com o posicionamento da bússola perto de peças da artilharia, âncoras e outros ferros. Esta foi uma das razões para que os morteiros, as caixas que protegem as bússolas, fossem, no início, de madeira. Durante o século XVI as bússolas portuguesas tinham, pelo menos desde 1537, um sistema de balança para manter o morteiro horizontal. O morteiro era colocado numa coluna de madeira, mais tarde de metal, a bitácula*, à frente da roda do leme. A bitácula* contêm um sistema chamado cardan que permite que o morteiro se mantenha na horizontal apesar das oscilações do barco.
*Armário ou caixa, com cobertura de vidro, para encerrar a bússola.
Bibliografia: http://www.museutec.org.br/previewmuseologico/a_bussola.htm
Trabalho realizado por:
Andreia Oliveira Nº5 7ºF
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