Estamos num mundo do audiovisual, da imagem, do som, ou da mistura das duas, enquanto caminhamos a passos largos para a realidade virtual 3D. Mas, que imagens, que material como alunos, como miúdos, tínhamos para aprender História há 30-40-50 anos atrás? Bem, para além de textos enormes, de algumas gravuras a decorar esses mesmos textos, de mapas, pouco mais havia. Todavia, como garoto, a partir dos meus 7 ou 8 anos, sei onde nasceu o meu fascínio, a minha paixão pela História! Não, não foi pelos livros, ou pelas aulas, ou mesmo pelo facto de o meu Professor Primário, ser um entusiasta da História de Portugal! Foi sim pelos CROMOS !
Sim ! Por uns envelopes que se compravam nos quiosques com meia dúzia de cromos lá dentro, que abria sofregamente, desesperadamente quase, para depois os colar nas respectivas CADERNETAS.
Admirados? Cromos de Portugal, de História de Portugal, de Futebol, de animais, entre outros! Era uma paixão, tal como o foram para mim “puto reguila” do Porto, os caramelos que traziam desenhos, ou de animais, as célebres “Vitórias”, ou de jogadores de futebol, fossem da Fábrica Victória, da Águia ou da Universal! Os CROMOS, com cores vivas, desenhos extraordinários, muitas vezes com textos curtos e explicativos que me faziam sonhar, viver, entrar dentro “deles” e viver aqueles cromos, aquelas imagens! Não interessa discutir aqui o conceito de História que eles representavam, e o que se encontrava por debaixo destas colecções, interessa sim, o fascínio, o encanto, o desejo de os coleccionar, que eles causavam nos meninos dos inícios dos anos 60. A Agência Portuguesa de Revistas, a Íbis, a Parilex, tiveram colecções extraordinárias, de uma qualidade gráfica ( desenhos, cores) extraordinária! Um encanto para os olhos.
Hoje na Web, através de artigos de João Manuel Mimoso, em alfarrabistas, lojas especializadas de Banda Desenhada, ou na própria feira de Porto Belo, na Praça Carlos Alberto, ainda é possível vivenciar esses tempos e adquirir por boa soma uma Caderneta de cromos das acima referenciadas . E que emoção de menino renascido e satisfação de dinheiro bem empregue, quando folheio uma dessas relíquias! Há marcas gravadas a ferro e fogo na minha alma de Homem-Menino, que nunca perdi, que não quero deixar partir,porque da emoção da memória se vai alimentando o meu fascínio...neste suave declive.
Admirados? Cromos de Portugal, de História de Portugal, de Futebol, de animais, entre outros! Era uma paixão, tal como o foram para mim “puto reguila” do Porto, os caramelos que traziam desenhos, ou de animais, as célebres “Vitórias”, ou de jogadores de futebol, fossem da Fábrica Victória, da Águia ou da Universal! Os CROMOS, com cores vivas, desenhos extraordinários, muitas vezes com textos curtos e explicativos que me faziam sonhar, viver, entrar dentro “deles” e viver aqueles cromos, aquelas imagens! Não interessa discutir aqui o conceito de História que eles representavam, e o que se encontrava por debaixo destas colecções, interessa sim, o fascínio, o encanto, o desejo de os coleccionar, que eles causavam nos meninos dos inícios dos anos 60. A Agência Portuguesa de Revistas, a Íbis, a Parilex, tiveram colecções extraordinárias, de uma qualidade gráfica ( desenhos, cores) extraordinária! Um encanto para os olhos.
Hoje na Web, através de artigos de João Manuel Mimoso, em alfarrabistas, lojas especializadas de Banda Desenhada, ou na própria feira de Porto Belo, na Praça Carlos Alberto, ainda é possível vivenciar esses tempos e adquirir por boa soma uma Caderneta de cromos das acima referenciadas . E que emoção de menino renascido e satisfação de dinheiro bem empregue, quando folheio uma dessas relíquias! Há marcas gravadas a ferro e fogo na minha alma de Homem-Menino, que nunca perdi, que não quero deixar partir,porque da emoção da memória se vai alimentando o meu fascínio...neste suave declive.
O Professor de História, Arlindo Vieira
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